O Abutre
entre o céu e a terra da minha vigília
de borco inúmeros os sentidos se apagam
na cova lamacenta da boca outros se levantam
deambulando pelas dunas da minha memória
enquanto um restolho de palavras ciranda ao vento
nas encostas quentes e côncavas do meu cérebro
Belacqua, 19 de Março de 2006
de borco inúmeros os sentidos se apagam
na cova lamacenta da boca outros se levantam
deambulando pelas dunas da minha memória
enquanto um restolho de palavras ciranda ao vento
nas encostas quentes e côncavas do meu cérebro
Belacqua, 19 de Março de 2006
1 Comments:
Falamos de quê?
Da desesperante incomunicabilidade do objecto através da linguagem, ou da linguagem que já se constituíu objecto de si própria, como sendo um espaço dinâmico onde a figuração e transfiguração são uma e a mesma energia incontrolável e estranha?
Belacqua, seu poema é um quente e côncavo abandono, mas belo.
Cassandra
Post a Comment
<< Home