A minha melancolia
Quero que se volte a ler a teoria humoral do peripatético como se de um texto fundador da humanidade no homem se tratasse. Quero reconstruir o conceito de melancolia e a existência melancólica de modo a torná-los, a ele e a ela, tão claros como a experiência da negrura no meio do mar e do céu, agitados e desencontrados pela mais definitiva das tempestades, contra o horizonte invisível do fim. Desejo que ela seja compreendida como um resto luxuoso e deslumbrante que me ponha à beira da vida mais intensa e da morte mais desejada. Peço-a inesgotável na sua agudeza e no seu fogo, mesmo que em cada momento eu esteja ou à beira do mais frio, profundo e assustadoramente calmo dos lagos ou nas fragas do mais explosivo e cortante dos vulcões.
Belacqua
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